quinta-feira, 11 de maio de 2017

"ONDA"
Num poema branco
me ondeei,
na rocha escorregadia...
com seus laivos de verdes,
de limos traiçoeiros,
que eu contemplava
por longas horas
perto dele
de tudo distante, alheada,
ali bem perto
do bater do mar
onda dançarina,
que eu sabia escutar,
nos seus bramidos
impetuosos
que era apenas um conversar
com o mar,
mar agitado
que consegue ouvir
o bater do coração,
um coração
de quem ama,
então tocam
hinos, músicas
até que a orquestra pára
e a onda me leva
num sonho inacabado...!

Isabel De Sá Cabral


Fotos registradas pelos meus olhares